domingo, 26 de junho de 2011

Filme: A LISTA DE SCHINDLER

A Lista de Schindler

FICHA TÉCNICA
Título original: Schindler´s List
Direção: Steven Spielberg
Ano: 1993
Gênero: Drama / Guerra
Duração: 197 min / EUA: 194 min
País: Estados Unidos
Língua: Inglês / Hebraico / Alemão / Polonês
Cor: Preto & Branco / Colorido
Classificação: 14 anos

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Que motivos levaram uma nação que foi berço dos maiores filósofos e músicos da história a se render a uma ideologia que pregava o ódio e a intolerância? Como podem as diferenças entre seres humanos tornarem-se desculpas para que atos bárbaros sejam cometidos? O que leva uma pessoa aparentemente normal a matar a sangue-frio um semelhante seu como se fosse um inseto?

Não era o objetivo do diretor Steven Spielberg responder a essas perguntas, mas é impossível não formulá-las ao final de ''A Lista de Schindler'', filme que finalmente deu ao cineasta por trás da série ''Indiana Jones'' e ''Tubarão'' o status de diretor sério. 

Filmado em preto e branco para, segundo Spielberg, deixar o filme menos insuportável devido à violência gráfica de algumas cenas, ''A Lista de Schindler'' é construído sobre um ótimo roteiro de Steven Zaillian que mostra com tintas extremamente realistas a perseguição aos judeus na Polônia e sua recolocação no Gueto de Cracóvia, em 1941, onde famílias inteiras eram amontoadas em pequenos quartos, até a transferência de todos para o infame campo de concentração comandado pelo sociopata Amon Goeth (Ralph Fiennes, em sua estréia no cinema).

É impossível não se emocionar com o poder das imagens dirigidas com surpreendente comedimento por Spielberg e captadas magistralmente pela câmera de Janusz Kaminski. As cenas de mulheres, homens e crianças sendo friamente assassinados com tiros na cabeça são de uma crueza insuportável, mas nunca apelativas ou redundantes.

Mas o que difere ''A Lista de Schindler'' de tantos outros filmes sobre o Holocausto Nazista é o caráter profundamente humano e realista que os realizadores conseguiram imprimir à obra, até mesmo ao retratar o monstruoso líder do campo de concentração, Goeth.

Apesar de ser o ''herói'' do filme, Schindler é mostrado como um empresário ganancioso e sem escrúpulos que enriqueceu se aproveitando da guerra e do fato que podia usar judeus em sua fábrica pagando menos. A princípio ele mantém-se afastado dos horrores que acontecem à sua volta, mas vai gradativamente sensibilizando-se até o ponto de sentir-se obrigado a agir em favor dos oprimidos.

Para tentar ilustrar o ponto da transformação do protagonista, Spielberg construiu duas seqüências chave usando um recurso até certo ponto simples, porém extremamente eficaz: a menina do vestido vermelho que ganha cores por meio de trucagem na pós-produção, vista correndo perdida no meio dos nazistas e, depois, já morta sendo levada para a pilha de cadáveres queimando. É nesta cena que ''A Lista de Schindler'' atinge seu ápice como obra cinematográfica, numa perfeita fusão de som, imagem, música (uma das obras-primas de John Williams) e interpretação do elenco capaz de arrepiar todos os pelos do nosso corpo.

A partir daí o filme vira uma corrida contra o tempo, na qual Schindler tenta salvar o máximo de seus empregados que pode, usando para isso toda a sua fortuna. É impressionante o poder que o filme tem sobre quem o assiste, mesmo numa revisão. O impacto do registro quase documental daquela monstruosidade praticada em nome de uma suposta ''raça superior'' e de uma ideologia grotesca (que lamentavelmente ainda encontra seguidores até hoje) vai continuar chocando sempre, independente de credo religioso ou ideologia política.

''Aquele que salva uma pessoa, salva o mundo inteiro'' foi a frase de efeito usada na campanha de marketing do filme. E ela não deixa de ser verdade, tendo em vista o vasto número de pessoas que estão vivas hoje, entre sobreviventes diretos e seus descendentes, graças à lista do industrial alemão.
FONTE: e-Pipoca

FOTOS REAIS DO HOLOCAUSTO










SIMBOLOS USADOS PARA DIFERENCIAR E IDENTIFICAR AS PESSOAS





JUDEUS





ARIANOS CASADOS COM JUDEUS




HOMOSSEXUAIS

 
 


POLITICOS




CRIMINOSOS COMUNS (aqueles de ascendência ariana muitas vezes tinham privilégios)




IMIGRANTES (os americanos também possuiam alguns privilégios)


CIGANOS


LÉSBICAS, PROSTITUTAS ou mulheres LIGADAS A RESISTÊNCIA ao nazismo, (alcoólatras, grevistas, feministas, deficientes e mesmo anarquistas). As lésbicas eram menos perseguidas porque acreditavam-se que elas ainda tinham cura.

TESTEMUNHA DE JEOVÁ (ou aqueles que se recusavam a assinar um termo declarando renegar a sua fé)



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