terça-feira, 28 de junho de 2011

Músicas: ANA E O MAR / NA SUA ESTANTE 8ª série

Atividade para 8ª série.
Vol. II - Professor Samir

ANA E O MAR
O Teatro Mágico
Composição: Fernando Anitelli


Veio de manhã molhar os pés na primeira onda
Abriu os braços devagar e se entregou ao vento
O sol veio avisar que de noite ele seria a lua,
Pra poder iluminar Ana, o céu e o mar

Sol e vento, dia de casamento
Vento e sol, luz apagada no farol
Sol e chuva, casamento de viúva
Chuva e sol, casamento de espanhol

Ana aproveitava os carinhos do mundo
Os quatro elementos de tudo
Deitada diante do mar
Que apaixonado entregava as conchas mais belas
Tesouros de barcos e velas
Que o tempo não deixou voltar

Onde já se viu o mar apaixonado por uma menina?
Quem já conseguiu dominar o amor?
Por que é que o mar não se apaixona por uma lagoa?
Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar

 (REFRÃO)
Ana e o mar... mar e Ana
Histórias que nos contam na cama
Antes da gente dormir
Ana e o mar... mar e Ana
Todo sopro que apaga uma chama
Reacende o que for pra ficar

Quando Ana entra n'água
O sorriso do mar drugada se estende pro resto do mundo
Abençoando ondas cada vez mais altas
Barcos com suas rotas e as conchas que vem avisar
Desse novo amor... Ana e o mar

FAÇA O DOWNLOAD DA MÚSICA

Vamos refletir...

  • O título da música possui dois substantivos: um próprio e um comum que é usado como substantivo próprio, no entanto é pronunciado um 3º nome durante a música. Qual nome?
  • Em que horario e lugar se "passa o início da música"?
  • Que tipo (s) de relação/situação entre os humanos pode ser entendida também com a narrativa da música?
  • "histórias que nos cantam na cama antes da gente dormir". Que histórias são essas?
  • Se pensarmos que o infinito é algo que se estende para a eternindade e que todos nós somos únicos e por tanto estamos todos em extinção. Qual relação esse pensamento tem com a seguinte frase: "todo sopro que apaga uma chama reacende o que for pra ficar"?

NA SUA ESTANTE
Pitty



Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar

Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar ao menos mande notícias
"Cê" acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar

Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

Você "tá" sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido

Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres e outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se curam

E essa abstinência uma hora vai passar...

Vamos refletir...

  • Segundo o dicionário Aurélio, 'pecado' é uma falta, erro ou culpa e se compararmos ao 1º verso da música onde o eu-lírico afirma ver uma pessoa errar, por que então errar não é pecado para eu-lírico?
  • O que é pecado/erro para o eu-lírico da música? O que você pensa sobre?
  • Por que na música a palavra sonho está ligada às palavras medo e perdido se crescemos aprendendo que sonhar é algo bom e é também o 1º passo para querermos alcançar nossas metas.
  • A música expressa em seu contexto geral um possível términio de um relacionamento e com o seguinte verso: "mas eu não ficaria bem na sua estante". Por que a música é titulado "NA SUA ESTANTE"?
  • Percebemos claramente 2 sentimentos expressados pelo eu-lírico. 1 sentimento durante quase toda a música e outro sentimento no final. Quais sentimentos são esses e por quê?

domingo, 26 de junho de 2011

Filme: A LISTA DE SCHINDLER

A Lista de Schindler

FICHA TÉCNICA
Título original: Schindler´s List
Direção: Steven Spielberg
Ano: 1993
Gênero: Drama / Guerra
Duração: 197 min / EUA: 194 min
País: Estados Unidos
Língua: Inglês / Hebraico / Alemão / Polonês
Cor: Preto & Branco / Colorido
Classificação: 14 anos

Assista On Line

Que motivos levaram uma nação que foi berço dos maiores filósofos e músicos da história a se render a uma ideologia que pregava o ódio e a intolerância? Como podem as diferenças entre seres humanos tornarem-se desculpas para que atos bárbaros sejam cometidos? O que leva uma pessoa aparentemente normal a matar a sangue-frio um semelhante seu como se fosse um inseto?

Não era o objetivo do diretor Steven Spielberg responder a essas perguntas, mas é impossível não formulá-las ao final de ''A Lista de Schindler'', filme que finalmente deu ao cineasta por trás da série ''Indiana Jones'' e ''Tubarão'' o status de diretor sério. 

Filmado em preto e branco para, segundo Spielberg, deixar o filme menos insuportável devido à violência gráfica de algumas cenas, ''A Lista de Schindler'' é construído sobre um ótimo roteiro de Steven Zaillian que mostra com tintas extremamente realistas a perseguição aos judeus na Polônia e sua recolocação no Gueto de Cracóvia, em 1941, onde famílias inteiras eram amontoadas em pequenos quartos, até a transferência de todos para o infame campo de concentração comandado pelo sociopata Amon Goeth (Ralph Fiennes, em sua estréia no cinema).

É impossível não se emocionar com o poder das imagens dirigidas com surpreendente comedimento por Spielberg e captadas magistralmente pela câmera de Janusz Kaminski. As cenas de mulheres, homens e crianças sendo friamente assassinados com tiros na cabeça são de uma crueza insuportável, mas nunca apelativas ou redundantes.

Mas o que difere ''A Lista de Schindler'' de tantos outros filmes sobre o Holocausto Nazista é o caráter profundamente humano e realista que os realizadores conseguiram imprimir à obra, até mesmo ao retratar o monstruoso líder do campo de concentração, Goeth.

Apesar de ser o ''herói'' do filme, Schindler é mostrado como um empresário ganancioso e sem escrúpulos que enriqueceu se aproveitando da guerra e do fato que podia usar judeus em sua fábrica pagando menos. A princípio ele mantém-se afastado dos horrores que acontecem à sua volta, mas vai gradativamente sensibilizando-se até o ponto de sentir-se obrigado a agir em favor dos oprimidos.

Para tentar ilustrar o ponto da transformação do protagonista, Spielberg construiu duas seqüências chave usando um recurso até certo ponto simples, porém extremamente eficaz: a menina do vestido vermelho que ganha cores por meio de trucagem na pós-produção, vista correndo perdida no meio dos nazistas e, depois, já morta sendo levada para a pilha de cadáveres queimando. É nesta cena que ''A Lista de Schindler'' atinge seu ápice como obra cinematográfica, numa perfeita fusão de som, imagem, música (uma das obras-primas de John Williams) e interpretação do elenco capaz de arrepiar todos os pelos do nosso corpo.

A partir daí o filme vira uma corrida contra o tempo, na qual Schindler tenta salvar o máximo de seus empregados que pode, usando para isso toda a sua fortuna. É impressionante o poder que o filme tem sobre quem o assiste, mesmo numa revisão. O impacto do registro quase documental daquela monstruosidade praticada em nome de uma suposta ''raça superior'' e de uma ideologia grotesca (que lamentavelmente ainda encontra seguidores até hoje) vai continuar chocando sempre, independente de credo religioso ou ideologia política.

''Aquele que salva uma pessoa, salva o mundo inteiro'' foi a frase de efeito usada na campanha de marketing do filme. E ela não deixa de ser verdade, tendo em vista o vasto número de pessoas que estão vivas hoje, entre sobreviventes diretos e seus descendentes, graças à lista do industrial alemão.
FONTE: e-Pipoca

FOTOS REAIS DO HOLOCAUSTO










SIMBOLOS USADOS PARA DIFERENCIAR E IDENTIFICAR AS PESSOAS





JUDEUS





ARIANOS CASADOS COM JUDEUS




HOMOSSEXUAIS

 
 


POLITICOS




CRIMINOSOS COMUNS (aqueles de ascendência ariana muitas vezes tinham privilégios)




IMIGRANTES (os americanos também possuiam alguns privilégios)


CIGANOS


LÉSBICAS, PROSTITUTAS ou mulheres LIGADAS A RESISTÊNCIA ao nazismo, (alcoólatras, grevistas, feministas, deficientes e mesmo anarquistas). As lésbicas eram menos perseguidas porque acreditavam-se que elas ainda tinham cura.

TESTEMUNHA DE JEOVÁ (ou aqueles que se recusavam a assinar um termo declarando renegar a sua fé)



sábado, 18 de junho de 2011

Desafio

DOIS erros nesta placa, você consegue dizer o que tem de errado?





 

Filme: Inferno em São Judas

Título Original: A Song For A Raggy Boy - 2003

Franklin é um professor laico e foi enviado ao reformatório São Judas, no ano de 1939, por ser contra os membros da igreja. Sozinho entre os "irmãos" Franklin luta pela dignidade dos meninos que sofriam abusos físicos e verbais. Esse "afrontamento" dá-lhe um inimigo, o "irmão" John que é encarregado pela disciplina dos alunos criando regras sem nexo e punindo severamente (espancamentos) quem desrespeitar qualquer uma delas.
"irmão" Mac (pedófilo) abusa sexualmente dos meninos que sofrem constantes ameaças e mesmo algums padres e seus superiores terem conhecimento dos fatos preferem fingir que nada acontece.
Baseado em uma história real, professor Franklin luta para conquistar a amizade e confiança dos seus alunos.

4 paredes, 1 fé e nenhuma identidade

Assista ao filme aqui - on line - e emocione-se!

MÚSICA: A Minha Alma - O Rappa (8ª Série)

Conteúdo para 8ªs séries.
2ª situação de Aprendizagem - Argumentação
pagina: 11 vol. 1 - Prof. Samir

A Minha Alma (A Paz que Eu Não Quero Ter)
O Rappa




A minha alma tá armada e apontada
Para cara do sossego!
Pois paz sem voz, paz sem voz
Não é paz, é medo!

Às vezes eu falo com a vida,
Às vezes é ela quem diz:
"Qual a paz que eu não quero conservar,
Prá tentar ser feliz?"


As grades do condomínio
São prá trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que tá nessa prisão

Me abrace e me dê um beijo,
Faça um filho comigo!
Mas não me deixe sentar na poltrona
No dia de domingo, domingo!


Procurando novas drogas de aluguel
Neste vídeo coagido...
É pela paz que eu não quero seguir admitindo

É pela paz que eu não quero seguir
É pela paz que eu não quero seguir
É pela paz que eu não quero seguir admitindo


Antes de responder as questões do seu caderno reflita um pouco:
  • O que o autor quer dizer com "paz sem voz não é paz, é medo"?
  • O que você entende com a 3ª estrofe da música?
  • Por que ele pede para não deixá-lo sentando na poltrona no dia de domingo? Por que não uma segunda ou terça?
  • Que "drogas de aluguel" são essas?


O Mundo - Ney Matogrosso & Pedro Luís e a Parede


O mundo é pequeno pra caramba
Tem alemão, italiano, italiana
O mundo, filé à milanesa
tem coreano, japonês, japonesa

O mundo é uma salada russa
tem nego da Pérsia, tem nego da Prússia
O mundo é uma esfiha de carne
tem nego do Zâmbia, tem nego do Zaire

O mundo é azul lá de cima
O mundo é vermelho na China
O mundo tá muito gripado
Açúcar é doce, o sal é salgado

O mundo - caquinho de vidro -
tá cego do olho, tá surdo do ouvido
O mundo tá muito doente
O homem que mata, o homem que mente

Por que você me trata mal se eu te trato bem?
Por que você me faz o mal se eu só te faço bem?

Todos somos filhos de Deus
Só não falamos as mesma língua

XADREZ - Regras

O Xadrez é um jogo para duas pessoas em um tabuleiro de xadrez, com 32 peças (16 para cada jogador) de seis tipos. Cada peça move-se de forma distinta.  O objetivo do jogo é dar XEQUE-MATE ao Rei adversário, ou seja, colocando-o sob ameaça de captura (xeque), sem que ele tenha como escapar. Para isto, cada jogador conta com 16 peças, sendo:

·         1 Rei
·         1 Dama
·         2 Bispos
·         2 Cavalos
·         2 Torres
·         8 Peões
Os movimentos são alternados, sendo que, por convenção, o enxadrista que detém as PEÇAS BRANCAS FAZEM O PRIMEIRO LANCE. NÃO SE PODE “PASSAR A VEZ” OU DEIXAR DE JOGAR.
O objetivo secundário do jogo é proteger o próprio Rei, evitando que fique em xeque. É proibido no jogo colocar o próprio Rei em xeque, ou, quando em xeque, fazer outra jogada que não tenha por objetivo tirá-lo de xeque.

Movimento e captura das peças

·         Torre;
·         Bispo;
·         Rainha ou Dama;
·         Rei;
·         Peão;
·         Cavalo.

Torre

A torre se movimenta nas direções ortogonais, isto é, pelas linhas (horizontais) e colunas (verticais), não podendo se mover pelas diagonais. Ela pode mover quantas casas desejar pelas colunas e linhas, porém, apenas em um sentido em cada jogada.

Bispo

O bispo se movimenta nas direções diagonais, não podendo se mover pelas ortogonais. Ela pode mover quantas casas desejar pelas diagonais, porém, apenas em um sentido em cada jogada.

Dama (Rainha)

A Dama (Rainha) pode movimentar-se quantas casas queira, na diagonal, na vertical ou na horizontal, porém, apenas em um sentido em cada jogada.

Rei

Pode mover-se em todas as direções, mas limitado a uma só casa. O Rei pode fazer roque com a torre desde que:

- nenhuma das duas peças tenha sido movimentada;
- não haja nenhuma peça entre o rei e a torre,
- nenhuma das casas pelas quais o rei irá passar ou ficar esteja sob ataque.

O rei também pode capturar qualquer peça adversária, com exceção do rei adversário. Um rei deverá manter distância de duas casas do outro rei, se não será considerado um lance irregular.

Peão

O peão é a única peça do xadrez que nunca retrocede. Portanto, quando se encontra na segunda fila [a2-h2 das brancas, a7-h7 das pretas] sempre estará para fazer o seu primeiro movimento. Nesse caso ele pode "escolher" entre "andar" uma ou duas casas na mesma coluna. Passou da segunda fila, não mais pode se deslocar duas casas, mesmo que não o tenha feito antes. No entanto, quando vai capturar uma peça, seu movimento é diferente: ele desloca-se na diagonal, andando apenas uma casa, sempre para frente. O peão não pode capturar para trás, e não captura peças que obstruam o seu caminho. Assim, qualquer peça (inclusive um outro peão), pode parar a marcha de um peão.
Uma vez que um peão não anda para trás, caso ele alcance a última fileira do tabuleiro (fileira 8 para as brancas ou 1 para as pretas) o jogador deve promover seu peão, transformando-o em uma rainha ou sub-promover seu peão na proxima jogada transformando-o numa torre, num cavalo ou num bispo. O peão pode se transformar em qualquer das quatro peças, mesmo que haja outras em jogo. É possível, então, possuir duas ou mais damas, três ou mais torres, ou situações semelhantes.

Cavalo

O movimento do cavalo corresponde ao movimento em "círculo". Círculo este que corresponde ao movimento octogonal permitido pelo quadriculado do tabuleiro. Ele pode andar em "forma de L", ou seja, anda duas casas em linha reta e depois uma casa para o lado. Ao colocar uma peça em cada posição disponível do movimento do Cavalo, você verá que elas formam um círculo no tabuleiro. O Cavalo goza de uma liberdade especial em seu movimento, podendo pular qualquer peça, inclusive as do adversário. Captura as peças adversárias que estejam em sua casa de chegada, mas não pode ir para uma casa ocupada por uma peça amiga.

Fonte: http://www.tabuleirodexadrez.com.br/regras-do-xadrez.htm

INTERXTUALIDADE

Material preparado pela Profº Eva Rocha

Diálogos entre: "Amor pra recomeçar" de Frejat
e o poema "Desejo" de Vitor Hugo
ou "Os votos" de Sérgio Jockymann



Tente observar as semelhanças entre a música cantada por Frejat e o poema abaixo. Em seguida, confira a letra da música na íntegra e confirme sua leitura.

DESEJO - versão atribuída a Victor Hugo ou
OS VOTOS - atribuída a Sérgio Jockymann 
Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga “Isso é meu”,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a lhe desejar.

Fonte: Folha da Tarde – Porto Alegre – 30 de Dezembro de 1978 (extraído do jornal escaneado presente no Blog de Emílio Pacheco) In: http://muneo.wordpress.com
Amor pra Recomeçar – Frejat
Composição: Frejat/Mauricio Barros/Mauro Sta. Cecília
Eu te desejo não parar tão cedo
pois toda idade tem prazer e medo
e com os que erram feio e bastante
que você consiga ser tolerante
Quando você ficar triste
que seja por um dia e não o ano inteiro
e que você descubra que rir é bom
mas que rir de tudo é desespero
Desejo que você tenha a quem amar
e quando estiver bem cansado
ainda exista amor pra recomeçar,
pra recomeçar
Eu te desejo muitos amigos
mas que em um você possa confiar
e que tenha até inimigos
pra você não deixar de duvidar
Quando você ficar triste
que seja por um dia e não o ano inteiro
e que você descubra que rir é bom
mas que rir de tudo é desespero
Desejo que você tenha a quem amar…
Desejo que você ganhe dinheiro
pois é preciso viver também
e que você diga a ele pelo menos uma vez
quem é mesmo o dono de quem
Desejo que você tenha a quem amar…

REPROVE A DISCRIMINAÇãO

Sociedade deve reprovar qualquer tipo de ato contra qualquer grupo, diz Luiza Bairros


Qualquer tipo de ato de discriminação contra qualquer grupo, sejam negros ou homossexuais, deve ser motivo de reprovação geral por toda a sociedade. A declaração foi feita pela ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, no programa Bom Dia Ministro que foi ao ar nesta sexta-feira (1/4), ao ser questionada sobre as recentes declarações do deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ). A ministra declarou ainda que o protagonismo, neste caso, é do Legislativo, e que a própria Câmara dos Deputados tem se encarregado de tomar as medidas no sentido de avaliar se as declarações do deputado devem ou não ser punidas.

“Existem várias representações de diferentes deputados para o Conselho de Ética da Câmara, e nós esperamos que o Poder Legislativo tenha a capacidade de tomar a decisão que lhe parecer mais coerente, coerente inclusive com toda a reação que nós temos visto em setores da sociedade”, afirmou Luiza Bairros.

Na avaliação da ministra, esse é mais um caso que vai ajudar sociedade brasileira a criar as suas próprias defesas contra atos conservadores e racistas que, neste momento, não contribuem nem um pouco com o processo de construção de uma democracia racial e de uma possibilidade de igualdade racial no país.

A respeito da campanha “Igualdade Racial é Para Valer”, lançada neste mês pela Seppir, e que tem entre seus objetivos a redução do índice de homicídios contra a população negra, Luiza Bairros esclareceu que o alcance dessa meta depende de um conjunto de medidas coordenadas que toquem em várias áreas da vida social. Segundo ela, a morte física é apenas o final da linha de um processo de várias outras “mortes” que acometem esses jovens, já que também acontece uma “morte” intelectual, uma “morte” das expectativas em relação ao mercado de trabalho, e também uma “morte” cultural quando ocorre a discriminação das manifestações culturais a que esses jovens são ligados. A ministra destacou que na campanha há medidas a serem tomadas com foco mais específico na questão da segurança pública. Mas não se pode pensar em taxas de homicídios tão altas como sendo decorrência, apenas, da dimensão da segurança, enfatizou ela.

Luiza Bairros também avaliou, durante a entrevista, a questão do crescente racismo na internet. Segundo ela, na medida em que as conquistas relativas ao povo negro vão ficando mais evidentes, vão se tornando mais evidentes também as reações de determinados setores: “Na verdade, o que essas pessoas querem é que a sociedade permaneça exatamente do modo que sempre foi. Quando se faz um movimento no sentido de maior igualdade de oportunidades, existem setores que se sentem prejudicados com isso, como se fossem perder um direito, quando o que nós estamos fazendo é buscar um tipo de situação onde nenhum grupo racial tenha privilégios pelo fato de pertencer, do seu pertencimento.” Na avaliação da ministra, o racismo é algo que tem a ver com poder: se você mexe na posição dos grupos raciais, você também ataca determinados interesses; daí essas reações mais explicitas contra qualquer possibilidade de igualdade na nossa sociedade, explicou ela.

Sobre as políticas adotadas pelo país para a promoção da igualdade, como as cotas, criticadas inclusive por alguns segmentos de que poderiam reforçar o preconceito, Luiza Bairros explicou que nenhuma pessoa negra é obrigada a fazer uso desse direito. Segundo ela, a pessoa negra – que tem acesso a determinados espaços, como universidades, em função de ações afirmativas que são feitas para facilitar seu acesso – tem o direito de opinar e dizer que não quer dessa forma, que vai fazer da forma tradicional. O que não pode, esclareceu a ministra, é retirar o direito de quem queira se utilizar desse tipo de mecanismo.

Durante a entrevista, a ministra reiterou por diversas vezes que quando se fala nos negros, está se falando de metade da população brasileira. Apesar disso, disse ela, “nós temos lido nos jornais a questão da falta de mão de obra em vários setores que são vitais para nós. Será que nós estaríamos vivendo esse tipo de crise no mercado de trabalho se nós tivéssemos ao longo da história do Brasil, incluído a população negra? Eu acredito que não.” Na avaliação da Ministra, em um país como o Brasil, que se prepara e caminha para ser uma das nações mais importantes do mundo, e que tem em curso diversos programas governamentais importantes para a melhoria da infraestrutura do país, que mobilizam a economia e ampliam o mercado de trabalho, “não se pode abrir mão da metade da população em um momento como este, é impossível”.

FONTE: Blog do Planalto - Sexta-feira, 1 de abril de 2011 às 12:09

Dica de Filme: VERMELHO COMO O CÉU


Anos 70. Mirco (Luca Capriotti) é um garoto toscano de 10 anos que é apaixonado pelo cinema. Entretanto, após um acidente, ele perde a visão. Rejeitado pela escola pública, que não o considera uma criança normal, ele é enviado a um instituto de deficientes visuais em Gênova. Lá descobre um velho gravador, com o qual passa a criar estórias sonoras.

Racismo... estúpidos

É O RACISMO, ESTÚPIDOS!
JOSÉ VICENTE


"O racismo é perigosamente destrutivo 
e enganador; tanto quanto repudiá-lo, 
também é indispensável combatê-lo 
sem trégua e sem piedade."


Dez anos depois da primeira Conferência Mundial contra o Racismo e a Xenofobia de Durban, África do Sul, as mazelas e os perigos do racismo acenderam a luz vermelha e a ONU, instituindo 2011 como o Ano Internacional dos Afrodescendentes, volta a conclamar a comunidade de nações a se debruçar sobre os equívocos e a ineficiência das políticas antirracistas, por conta do recrudescimento dos níveis de racismo e discriminação racial contra os negros no mundo.

Recentes bananas oferecidas aos jogadores brasileiros Neymar e Roberto Carlos, as agressões verbais, os sons imitativos de macacos e as vaias das torcidas nas praças esportivas contra jogadores negros dão a dimensão da gravidade da situação, obrigando a Fifa e órgãos ligados ao esporte a tomar medidas severas para prevenção, punição e combate ao racismo, dentro e fora dos gramados.

Surrealismo, ambiguidade, hipocrisia, cinismo, desfaçatez, indiferença e tantos outros adjetivos jorram na literatura quando se analisa a tão vilipendiada trajetória do negro no Brasil. Todos apontam o racismo e ninguém consegue encontrar um racista. Junta-se a eles, a partir de agora, a estupidez.

Estúpido, este foi o adjetivo com que o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT/SP), definiu seu colega Jair Bolsonaro (PP/ RJ), por ocasião de suas maldades racistas e preconceituosas contra a cantora negra Preta Gil e os homossexuais em geral por meio de veículos de comunicação de massa.

O adjetivo em questão, seguramente, pode ser estendido a seus colegas congressistas Jaime Campos (DEM/ MT), que se referiu ao ministro negro do STF, Joaquim Barbosa, como "moreno escuro", por ter esquecido seu nome, Marcos Feliciano (PSC/SP), que responsabilizou a África e os negros africanos por todos os males do mundo, e ao senador Demóstenes Torres (DEM/GO), que, no plenário do STF, disse que a mulher negra gostava de ser seviciada pelo senhor.

Como inocentes úteis, tais nada inocentes parlamentares, protegidos pela impunidade, destilam em praça pública os venenos que reservavam para ambientes privados.

Flertando com os veículos de comunicação, são a fina e rejuvenescida flor daquela corrente que faz um mau uso do direito de expressão para fins pessoais inconfessáveis, colocando o mandato popular a fomentar, voluntária ou involuntariamente, mas de modo igualmente irresponsável, o ódio racial.

Como a resultante dos estúpidos é a estupidez, a retórica dissimulada em ideia livre e democrática é, na verdade, a correia de transmissão para os também estúpidos integrantes das gangues organizadas que, em São Paulo, no ambiente cibernético e à luz do dia, pregam e praticam a perseguição, a agressão e a eliminação de negros, de judeus e de homossexuais.

É o combustível que encoraja os estúpidos das forças policiais, que, na Bahia, conforme noticiou esta Folha, dizimam a juventude negra brasileira. É o estímulo final aos seguranças de shopping centers e supermercados de grife, que vigiam os negros nas passarelas e batem em sua caras nas salas de segurança e em estacionamentos.

O racismo é perigosamente destrutivo e sutilmente enganador. Ele tateia sutilmente pelas frestas e se mistura sinuosamente como naturalidade cotidiana; tanto quanto repudiá-lo, é indispensável combatê-lo sem trégua e sem piedade.

Sem diminuí-lo e sem ignorá-lo. A ONU e a Fifa estão corretas, assim como o deputado Vaccarezza. É o racismo, estúpidos!


JOSÉ VICENTE, advogado, mestre em administração e doutorando em educação pela Universidade Metodista de Piracicaba, é reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares.

domingo, 12 de junho de 2011

Filme: EnJaulados


Ano de Lançamento: 1998
Gênero: Suspense

Sinopse:

Walmsley, é um professor substituto encarregado de dar aulas para um grupo de adolescentes desajustados totalmente fora de controle. A escola não tem dinheiro, os professores se preocupam apenas em sobreviver e compromissos ilegais impedem qualquer mudança radical. A todo momento ele é insultado e atacado pelos alunos. Cansado de enfrentar tanta humilhação, ele resolve contra atacar. Seqüestra seus alunos e, em um lugar distante, os prende nus em uma jaula eletrificada para uma nova e dura reeducação. Agora, eles terão que aprender… por bem ou por mal!

Assista ao filme on line


Nossa opinião: O filme traz uma temática interessante, mas o enredo fica um pouco perdido. Apesar de ser de 1998, há uma verossimilhança no filme que traduz muito bem uma realidade atual em muitas escolas do nosso estado/país, principalmente no que tange o papel do professor e sua situação.
Não estamos falando de um filme bom, na verdade se trata de um filme regular com um filnal curioso e surpreendente - interessante apenas.
Obs: O filme contém cenas de nudez.